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Carnaval da Inclusão

Atualizado: 8 de jan. de 2021

A ala Loucos Pela X promove há 16 anos projetos sociais de inclusão para a comunidade


O Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba X-9 Paulistana foi fundada no ano de 1975 no bairro da Parada Inglesa, localizada na zona norte de São Paulo e faz parte da elite do carnaval. Uma das atividades que fazem parte da escola desde o ano de 2002 é a ala Loucos Pela X, que por meio do carnaval, promove a inclusão social de pessoas com diferenças psíquicas.


Arthur Bispo do Rosário


Foi um artista plástico que ficou internado durante 40 anos em um hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro. Após a redemocratização do país e o começo da luta antimanicomial, o aparecimento das denúncias de maus tratos contra pacientes ficou frequente. Com isso, acharam Arthur Bispo do Rosário, que ficou mundialmente conhecido como um artista renomado. Em 2002, o carnavalesco Lucas Pinto quis levar à avenida essa história, entretanto não foi autorizado.


Carnaval 2002

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Miniaturas com algumas das fantasias produzidas pela ala (Foto: Rabech Oliveira)

Em decorrência da não autorização de prosseguir com o tema de enredo sobre o artista plástico, o carnavalesco optou por falar sobre a história do papel. Logo, ficou sabendo de um ambulatório de saúde mental, situado no bairro do Jaçanã, que era ligado a X-9. Nele, existia um grupo que trabalhava com papel reciclado, sendo assim, Lucas os convidou para participarem do desfile, dando a eles a liberdade para criarem suas próprias fantasias.


Ala Loucos Pela X


Em seu primeiro ano, a Loucos Pela X entrou como uma ala especial a convite da escola e, logo depois, se tornou um projeto autônomo com o objetivo de gerar trabalho e renda àqueles que não têm oportunidade devido ao preconceito imposto sobre suas diferenças.


No ateliê, os participantes do projeto são contratados pela X-9 e outras agremiações para produzirem fantasias para o carnaval. Depois de confeccionadas, a cada duas peças vendidas, uma é doada para pessoas que recebem acompanhamento na Rede de Atenção Psicossocial.


A importância da ala vai muito além do carnaval, pois graças a ela, são realizadas inclusões essenciais que dão a visibilidade necessária para uma camada esquecida pela sociedade.


Matéria produzida com Rabech Oliveira e Ana Carolina Sá.

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