Aquele com os 25 anos de Friends
- Victoria Vianna
- 28 de dez. de 2020
- 3 min de leitura
Se você acha normal um quadro feito com cabeças de bonecas ou colocar um peru de ação de graças na cabeça para impressionar o crush certamente você assistiu Friends. Uma das séries mais queridinhas do público completou 25 anos em setembro e para comemorar, a Casa Warner ─ localizado na rua Pamplona─, abriu suas portas aos fãs.
Para quem pensou que a série, que acabou há 15 anos, estaria ultrapassada ficou bem enganado. Os ingressos de todos os horários entre os dias 18 de setembro e 13 de outubro esgotaram mais rápido que a Phoebe correndo no Central Park.
As atrações da Casa Warner by Friends nos faz relembrar diversos detalhes da série. O que mais me chamou a atenção foi a criatividade que a organização teve ao colocar uma placa escrito "Pivot" em uma escada caracol que já era do espaço, relembrando a icônica cena de Ross se mudando para o prédio em frente ao de sua irmã, Monica.
Tem horas que a gente só queria sentar em um sofá, tomar um café e conversar com nossos amigos sobre coisas aleatórias depois de um dia muito longo e difícil no trabalho. Então, pensando nisso, porque não sentar no sofá do café do Central Perk? Mas em São Paulo? Foi um dos meus sonhos mais loucos que consegui realizar, pena que, no momento que sentei, tive que ficar por pouco tempo por conta da gigante fila que tinha para tirar foto.
E não era só para o sofá que tinha fila. Tinha fila para tirar foto na porta da Monica, com o peru na cozinha do Joey e com aquele cachorro horroroso que só Friends para me fazer achar legal tirar foto com aquilo. Eu, como tenho sorte, comprei o ingresso para o domingo, porque é dia mais vazio. Engano meu. Todo mundo pensou a mesma coisa. Depois de ter ido ao evento, venho acompanhando as postagens de pessoas e percebi que, na verdade, só estava cheio o dia em que eu fui. É a Lei de Murphy sempre presente em nossas vidas, não é mesmo? Enfim, por conta do grande número de pessoas, houve uma certa desorganização que, pelo o que eu observei, seria simples arrumar. Se a Monica Geller tivesse organizando o evento, seria o momento dela de brilhar. Imaginem ela com aquele radinho que utilizou para a preparação do casamento da Phoebe para coordenar as filas. Em alguns minutos, estaria tudo em ordem. Mas nem vamos dizer isso perto dela, porque a metida já viria com comentários convencidos como “EU SEI”.
Outro ponto negativo que eu encontrei foi o preço de camisetas e acessórios. Eu sabia que haveria uma lojinha dentro da cozinha da Monica, peguei até um dinheiro para eu comprar mais uma camiseta de Friends, porque eu acredito que 4 são poucas. Porém, custava setenta reais cada uma. Desisti na hora. Mesmo com esses detalhes, a experiência de ter contato direto com a série que você é apaixonada é sensacional. No início da tour pelo evento, os monitores te entregam uma chave com o logo da Warner que funciona para você ouvir e assistir bordões e cenas marcantes. E foi por causa dessa chave que eu chorei porque assisti, pela vigésima vez, o último episódio em uma telinha. Além de chorar, eu ri, gritei, fiquei nervosa, tudo em apenas 1 hora de tour. Esse evento marcou de uma vez o meu amor por Friends. Não queria vir embora. Foi como se eu tivesse com os meus amigos relembrando nossos momentos juntos. Penso como estariam os personagens. Monica e Chandler se adaptaram com os gêmeos? Phoebe teve mais filhos? E, principalmente, Rachel finalmente se arrependeu de não ter ido morar em Paris? O evento na Casa Warner teve uma função muito além de uma simples comemoração, foi para matar a saudade que nos aperta há muito tempo. Espero que tenhamos novas exposições anualmente, para que possamos nos encontrar mais vezes com esses amigos que marcaram a minha vida e de tantas outras pessoas.
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